Em um jogo com poucos protagonistas em campo, o árbitro acabou sendo o personagem principal.
O Sport foi melhor, mas não venceu e a revolta da torcida rubro-negra nesta noite pode muito bem ser a do palmeirense, do corintiano ou de qualquer torcedor brasileiro na próxima rodada.
Na primeira etapa, o time da casa teve mais controle do jogo. Enfrentando um Palmeiras com escalação alternativa e três zagueiros, o Sport conseguiu dominar o meio-campo e chegou com mais frequência, ainda que sem efetividade nas finalizações.
Mesmo assim, foi o Palmeiras quem saiu na frente. Em um pênalti corretamente assinalado, o Verdão abriu o placar, mesmo demonstrando dificuldades na criação — algo que já vem se repetindo nos últimos jogos da equipe.
Mas a resposta veio rápido. Três minutos depois, o Sport empatou com um golaço em jogada ensaiada de escanteio, aproveitando a desatenção da marcação palmeirense.
Mesmo Abel Ferreira tentando mudar a cara do time com substituições, o desempenho seguiu abaixo: o Palmeiras pouco criou, e o Sport já não tinha o mesmo volume na segunda etapa.
O jogo parecia se encaminhar para o empate. Até que, aos 44 do segundo tempo, o árbitro Bruno Arleu de Araújo voltou a chamar a responsabilidade. Marcou um pênalti bastante questionável em cima de Veiga, que o Piquerez cobrou e converteu, garantindo a vitória alviverde.
Foi a primeira vitória do Palmeiras no Brasileirão, mas que não convence e no fim, fica a sensação de que o Sport merecia mais, enquanto o campeonato abre mais um capítulo da velha discussão: até quando os árbitros serão os protagonistas?