Um triste episódio no Hospital Dr. Léo Orsi Bernardes – HLOB, em Itapetininga, comoveu a cidade e tem gerado imensa repercussão.
Na quarta-feira, 16, família procurou autoridades policiais para registrar ocorrência de eventual negligência em atendimento médico no hospital, que teria levado a óbito uma criança de 18 meses, horas após o primeiro atendimento.
Família relatou que a criança deu entrada no hospital na manhã de quarta-feira, tendo realizado exames e sido liberada pelo médico. Mesmo após a alta, a criança continuava se queixando de dores, sem apresentar melhora, fazendo com que a família retornasse ao pronto-socorro durante a noite.
Segundo relato do pai no Boletim de Ocorrência, a médica plantonista avaliou os exames realizados no primeiro atendimento e, imediatamente, acionou o pediatra de plantão para que comparecesse ao hospital e encaminhou a criança à emergência, sendo que não houve condições de mantê-lo em vida.
A causa da morte informada inicialmente à família, segundo um dos médicos, teria sido apendicite aguda e choque séptico, conforme consta no boletim de ocorrência, e apurado pela equipe de reportagem do G1 Itapetininga.
A tia da criança, publicou um vídeo na rede social Facebook, relatando a tristeza e a revolta da família pela possível má conduta do médico que fez o primeiro atendimento.
Para atender à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), o Hospital não pode comentar particularidades do atendimento, mas emitiu nota às 18h20 do dia 18/abril, lamentando “a fatalidade ocorrida no Hospital”, diz a nota.
A Assessoria do HLOB prossegue: “a Direção Técnica do hospital imediatamente instaurou um processo investigativo para apurar as causas e eventuais responsabilidades no atendimento prestado” e manifestaram os “mais profundos sentimentos à família enlutada. Todo o apoio necessário será prestado para tentar minimizar a dor dessa irreparável perda”, finaliza.
A Prefeitura de Itapetininga, responsável pelo hospital, ainda não comentou o caso.
PRESSÃO EXTRA-JUDICIAL
O compartilhamento do vídeo teve alcance incalculável, já que houve milhares de compartilhamentos, repostagens e integração com outras redes sociais… Em comum, mais de 3.000 comentários, manifestando indignação, revolta, citando, ameaçando e expressando condenação popular do médico acusado.
A pressão deu-se por conta de páginas que “estão recebendo notificação extra-judicial de um escritório de uma advogada de Goiana para excluir o vídeo por expor o tal “médico””, diz a autora do vídeo – a tia da criança.
Entre as autoridades, apenas a vereadora Marina Nalesso se manifestou publicamente, indignada com o acontecimento.
Nota do hospital integra
