O Palmeiras venceu o Cerro Porteño pela segunda rodada da Libertadores, jogando em casa, em uma noite em que o herói também foi vilão.
Se tem uma coisa que ninguém gosta na vida é de errar. O erro gera repercussão, transtornos e muitas críticas. E convenhamos: quando essas críticas vêm da torcida alviverde, é quase impossível escapar.
O nervosismo do Palmeiras ficou evidente, mesmo atuando no Allianz Parque. Ainda assim, o time fez o dever de casa na Libertadores. Mostrou algumas qualidades individuais, como boas atuações de F. Anderson, Murilo, Vitor Roque e Alan. Mas os elogios param por aí. O Palmeiras ainda enfrenta dificuldades na construção de jogadas, apesar de ter tentado várias com Anderson, principalmente pelos lados do campo.
O único gol da partida nasceu de uma boa trama: Murilo fez um ótimo passe para Facundo Torres, que encontrou Felipe Anderson pela direita. O camisa 7 cruzou para Ríos, que finalizou com precisão e abriu o placar no Allianz.
Ríos, no entanto, protagonizou um momento polêmico. Após marcar o gol, respondeu às críticas da torcida com um gesto de silêncio. A reação foi imediata — vaias e protestos tomaram conta do estádio. Reconhecendo o erro, ele se desculpou ainda no momento em que foi substituído e, novamente, ao fim da partida.
E na boa? Segue o jogo. Ríos é uma peça fundamental no time, e não vale a pena alimentar um episódio de deslize, que não representa a grandeza da torcida, do clube e nem do jogador. Ele errou, mas também teve humildade para reconhecer. Isso mostra algo para nós que esquecemos como torcedores: quem estão em campo são seres humanos, sujeitos a falhas. Ríos falhou emocionalmente hoje, mas acertou tecnicamente na semana passada, em Lima, e de novo nesta terça-feira, no Allianz.
O Palmeiras precisa reencontrar sua calma, sua tranquilidade e sua energia. Parece que a cabeça está quente… e o coração, frio.